Post do arquivo do Café com Blá Blá Blá*
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Em 2018 nós perdemos todos os posts antigos e, aos poucos, estamos subindo o conteúdo antigo para que todos tenham acesso.
Terceiro volume da série A Torre Negra… E eu finalmente comecei a me encantar pela saga épica de Stephen King!
Atenção! Pode conter spoilers dos primeiros volumes da série: O Pistoleiro e A Escolha dos Três.
(Obs da Sabrina do “futuro”: o lencinho é porque eu estava gripada na época da leitura, não porque o livro é triste, rs.)
Se você está acompanhando a nossa jornada pelo desbravamento da série A Torre Negra, pôde perceber que nem eu nem a Fanny havíamos sido arrebatadas por essa leitura. Não que os primeiros volumes não tenham sido bons… Porém, acredito que falo por nós duas quando digo que essas obras passam muito longe de tudo o que já tínhamos lido até então.
Distopia, fantasia, horror… As três vertentes (e muitas outras mais) se encontram nas páginas da saga, em uma combinação que, a princípio, parece muito louca. Mas que de alguma forma deu certo!
Para mim, este terceiro volume foi um divisor de águas. Até então estava apenas curiosa por saber onde a jornada de Roland o levaria, mas para mim o ritmo da narrativa se encontrava um tanto lento. O Pistoleiro é um livro bastante introdutório, que nos insere completamente no escuro em um universo inóspito e desconhecido e não responde quase nenhuma das muitas dúvidas que desperta. Em A Escolha dos Três somos apresentados finalmente aos companheiros de aventura do pistoleiro e, apesar de ter me empolgado bastante com o começo desta obra, no final já a sentia um pouco arrastada… Mas pressentia que ela nos levaria a algum lugar.
E aí veio As Terras Devastadas. Aqui não temos mais aquele período de aclimatação: já somos jogados em uma narrativa frenética, recheada de perigos e momentos de tensões e passamos a encontrar algumas das respostas tão buscadas.
Neste volume, também começamos a conhecer melhor os nossos protagonistas – e o papel de cada um em seu Ka-tet. Nesse sentido, me surpreendi bem positivamente com Eddie e sua sensibilidade para transpor as barreiras do universo em que se encontra. Quem diria que ele se revelaria a chave para ligar dois mundos e atrair um membro importante do grupo?
Falando nisso, devo dizer que gostei muito de acompanhar as duas linhas narrativas presentes no começo da obra. A forma com a qual King descreveu a angústia dos personagens em viver duas linhas temporais ao mesmo tempo é tão envolvente que me via praticamente sem ar ao terminar um capítulo.
No final da leitura, já estava tão fisgada pelos personagens, pelo enredo e por seus mistérios, que minha vontade era começar imediatamente o quarto volume. Resultado: já estou mais que ansiosa pelas páginas de Mago e Vidro!
Ficha Técnica:
Livro: As Terras Devastadas
Autor: Stephen King
Editora: Ponto de leitura
Páginas: 640 páginas
Nota: 4/5 estrelas